Labirinto de Mentiras é mais uma espreitadela às atrocidades cometidas pelos nazis nos campos de concentração de Auschwitz, mas desta vez sobre o ponto de vista dos anos que se seguiram imediatamente à guerra. O que faz deste filme uma peça original e ao mesmo tempo importante, pois acrescenta novas pistas ao puzzle da história mundial.

E é precisamente no percurso das personagens enquanto desenterram as provas ocultas de um passado vergonhoso, que o filme se vai estruturando em forma de policial. Respeitando o enredo normalmente associado ao género, a figura principal acaba por se ver totalmente isolada, numa odisseia onde não se podem negociar compromissos a meio termo. Para o herói, descobridor de uma realidade tão reveladora, o fim da viagem só pode ter um resultado, a victória completa do bem sobre o mal.

Mas este não é o filme maniqueísta, que peca por ser demasiado concreto nas suas conclusões. Ao contrário disso, mostra bem como uma geração enfrenta o peso da responsabilidade das acções da anterior e como lida com o problema, para continuar a habitar uma terra que também é sua, mas que se encontra manchada com o sangue das vítimas de um conflito que não lhe pertence.

Todos os requisitos técnicos e artísticos, necessários para a simulação do passado alemão nos anos cinquenta, estão apurados com a precisão necessária para nos fazer transportar para uma realidade física e humana diferente da nossa. A essas qualidades, somamos um enredo bem definido e o resultado é um filme que merece ser descoberto, por aqueles que querem saber um pouco mais sobre a realidade nazi.

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