Não esperem encontrar qualquer elemento fílmico neste espectáculo de circo romano. Os elementos essenciais que constituem um filme, como personagens e enredo, estão completamente ausentes deste amontoado de sequências de acção, umas em cima das outras e sem o qualquer de preocupação estética. Aliás, minto, há quatro ou cinco momentos de pausa, em que se propõe algum conteúdo narrativo, e acreditem, a coisa ainda se torna mais desastrosa.

E não é uma questão de estilo aquilo que aqui se discute, porque o tema e a fórmula não tem porque interferir negativamente na qualidade. O problema é que para os apreciadores do género este filme deveria ser uma autêntica fraude. Para desfrutar de algo que remete para alguma coisa, tem de haver relação entre um lado e o outro, o que não é o caso. Não é que se espere grande realismo dentro do género, mas há um elemento essencial na relação com o público, o sentimento de empatia. Para isso tem de haver um mínimo de relação com o verosímil, ou como alternativa, tem de haver a criação de um contexto que crie essa ponte. Neste caso não existe preocupação nesse sentido. Tudo é válido, não há regras, não há contexto, só há fogo de artifício.

Custa a acreditar que algum amante da condução a alta velocidade, sinta qualquer tipo de relação entre o que se passa na tela e o que existe de genuíno nesse mundo. Mas tendo em conta que este já é o sétimo da saga Fast and Furious, deve algo de errado no meu argumento…

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