Desde Romeo e Julieta que o drama de um amor batalhado entre duas frentes antagónicas se tornou num tema recorrente, tanto na literatura como no cinema e muito provavelmente na vida real. Desta vez o cenário é a Segunda Grande Guerra Mundial, e os apaixonados uma aldeã francesa e um militar alemão.

O empenho logístico da produção, para nos dar mais um ponto de vista deste arquétipo de amor impossível, não deixa nada a desejar. Mais uma vez a indústria norte americana investe num grande épico com o cuidado e o detalhe a que nos habituou desde sempre. São muitos os exemplos a que poderíamos recorrer para completar uma lista de filmes deste tipo que passaram na grande tela, muitos deles nomeados para os óscares, pois em tempos foi um género querido pela academia.

Mas o investimento e a técnica só servem para embrulhar com boa cor um filme que por dentro se vê insípido e privado de qualquer emoção. Os dramas vividos nesta trama, embora se vistam de contornos realistas, projectados no contexto histórico da Segunda Guerra, não chega para tocarem o coração do espectador mais sensível.

Fazendo uma comparação pictórica recorro ao rosto da actriz Michelle Williams que serviu este filme dando a cara pela personagem principal. É um rosto bonito, perfeito no desenho do seu contorno, mas totalmente desprovido de uma alma que possa albergar grandes emoções. Assim é este filme.

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