Os Smartphones touch screen e sem teclas são os reis indisputados da comunicação móvel nos dias de hoje. Dum modo geral, os teclados físicos, exceptuando os modelos puramente básicos destinados aos mais jovens e/ou ao público sénior, já só têm uma expressão muito diminuta no mercado dos telemóveis/smartphones… O meu primeiro smartphone touch screen foi um Nokia N97 Mini. Seguiu-se o iPhone (hoje um 4S) mas por meio desta hegemonia dos ecrãs tácteis, ainda fui o feliz proprietário dum Orange Rio (um modelo muito similar ao Blackberry Curve 8520 feito pela chinesa ZTE) e ainda dum Nokia N72.
Mas será que os teclados físicos estão realmente condenados a desaparecer? Embora considere o iPhone uma peça de equipamento fabulosa, não sou fã do touch screen no que toca a escrever, e sinto que nunca consegui realmente chegar à mesma velocidade e eficácia com teclado QWERTY. Os modelos que ainda se vão vendo no mercado, Samsungs, Lgs, Motorolas, etc, partilham mais ou menos o mesmo design dos Blackberries mais antigos ou dos teclados físicos deslizantes, como o meu antigo N97 (nada práticos, na minha opinião…) e não são rivais para a performance e versatilidade dos Samsung S4 e S5 e dos Iphone 5 e 6. Os fabricantes renderam-se e não havia um smartphone com teclado físico que pudesse medir-se taco-a-taco com os modelos -almirante da Samsung e Apple.

Por isso mesmo, um modelo que me chamou a atenção este ano, foi exatamente o Blackberry Passport. Possui touch screen e teclado QWERTY. O conceito, apesar de não ser novo, interessou-me bastante. Este novo modelo, no qual a empresa canadiana deposita grandes esperanças de salvar a marca que outrora gozou de uma excelente posição de mercado a nível global, tem um design quase quadrado e na parte inferior apresenta um teclado com 3 linhas, que permite aos utilizadores ver mais linhas de texto enquanto se escreve. O ecrã é de 4.5 polegadas (11.43 cm), CPU é um Quad-core 2.26 GHz Krait 400, uma câmara principal com uns generosos 13MP e uma impressionante bateria que oferece quase 30 horas de tempo de conversação.

No que toca a apps, o Passport está de facto em desvantagem em relação ao iOS e ao Android mas há uma boa notícia: grande parte das apps Android disponíveis na Amazon App Store podem ser utilizadas no BlackBerry OS 10.3, o sistema operativo que corre neste modelo.

O Passport infelizmente não está para já, disponível em Portugal. Na Europa foi lançado no Reino Unido, França e Alemanha mas na aldeia global em que vivemos hoje, esse não é obstáculo. O Passport não é um brinquedo barato. Os preços variam, custando a versão em preto £445 (€606.56) ou £499 (€635) em branco na Amazon britânica, e €555 na alemã, isto para quem não tiver medo de fazer a encomenda em alemão. 🙂
Gostaria de experimentar um e quem sabe, voltar ao mundo QWERTY em estilo e com performance e finalmente deixar de dar pontapés na gramática com os teclados virtuais.

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